A Importância de Ser Representado por um Advogado Durante uma Sindicância
- Ianna Cunha
- 6 de abr.
- 4 min de leitura
A sindicância é um procedimento administrativo comum nas instituições públicas e privadas, utilizado para apurar fatos que envolvem comportamentos inadequados ou infrações cometidas por seus membros.
No entanto, muitas vezes, as pessoas envolvidas nesses processos se sentem desamparadas e vulneráveis, especialmente quando se trata de situações delicadas como denúncias de assédio moral ou sexual.
A presença de um advogado em uma sindicância é fundamental para garantir que o direito da parte envolvida seja respeitado, evitando que ela se sinta sozinha ou revitimizada no processo.

1. Garantia de Transparência e Prazo na Sindicância
Em muitos casos, a sindicância pode se arrastar por meses ou até anos, deixando a parte envolvida sem saber o que realmente está acontecendo ou qual o andamento do processo.
Um exemplo prático disso é o caso de uma professora universitária que realizou uma denúncia de assédio contra um colega de trabalho. Ela recorreu à ouvidoria da instituição, mas a sindicância não foi concluída dentro de um prazo razoável. Ao final, ela não sabia o que havia ocorrido com a apuração da denúncia.
Nesse contexto, um advogado especializado poderia ter sido fundamental para garantir que a sindicância fosse realizada dentro de um prazo estabelecido. Caso houvesse descumprimento do prazo, o advogado teria a possibilidade de judicializar a questão, buscando uma solução legal mais célere.
Além disso, ele poderia esclarecer à professora os seus direitos durante todo o processo, evitando que ela ficasse sem respostas ou desinformada.
2. Possibilidade de Judicialização em Caso de Abuso no Processo
A falta de agilidade e transparência nas sindicâncias pode gerar um grande prejuízo psicológico e emocional para a vítima. No caso mencionado, a professora, ao não saber o que ocorreu com sua denúncia, poderia se sentir desamparada, como se sua queixa não fosse levada a sério.
A ação de um advogado é importante para que, se necessário, o caso seja levado ao Judiciário, onde a vítima pode ter acesso a um processo mais ágil e transparente.
Um advogado pode atuar de forma a pressionar a instituição para dar andamento à sindicância, ou até mesmo buscar judicialmente uma resposta mais rápida para a apuração dos fatos.
Caso a universidade não tome as medidas cabíveis, o advogado pode orientar a vítima quanto a suas possibilidades de ação, como a entrada de uma ação judicial contra a instituição ou contra o agressor.
3. Suporte Jurídico e Moral Durante o Processo
Além da parte técnica, a presença de um advogado durante a sindicância proporciona apoio moral à vítima. Em situações como denúncias de assédio, a vítima muitas vezes se sente isolada, com medo de ser revitimizada ou até de sofrer represálias por sua denúncia.
Ter o apoio de um advogado especializado pode ser um grande alicerce, proporcionando não apenas a orientação jurídica necessária, mas também o suporte emocional que a pessoa precisa para enfrentar essa difícil situação.
O advogado se torna uma figura essencial nesse momento, pois garante que a vítima não se sinta sozinha, orientando sobre os direitos dela, acompanhando de perto o andamento do processo e garantindo que a denúncia seja tratada com seriedade e respeito.
4. Possibilidade de Ações Contra o Agressor e a Instituição
Além da apuração da sindicância, é importante que a vítima saiba que ela tem o direito de buscar reparação pelos danos sofridos.
No caso da professora, se a universidade não tomasse as providências necessárias após a sindicância, o advogado poderia orientá-la sobre como entrar com uma ação contra o agressor e até mesmo contra a própria instituição, caso a universidade tenha falhado em proteger seus funcionários.
Essa é uma das principais funções de um advogado durante uma sindicância: garantir que a vítima tenha acesso às medidas cabíveis, tanto em âmbito administrativo quanto judicial. Em casos de assédio, as vítimas têm o direito de buscar uma reparação por danos morais, bem como pedir que a conduta do agressor seja punida.
5. Evitar a Revitimização e Garantir a Dignidade da Vítima
A revitimização é um risco constante em processos de denúncias de assédio, principalmente quando a vítima não tem o apoio necessário para lidar com o processo.
A presença de um advogado é essencial para evitar que a vítima sofra novos traumas durante o trâmite da sindicância ou após a conclusão do processo.
O advogado pode garantir que a denúncia seja tratada de forma respeitosa e que todas as fases do processo respeitem os direitos da vítima, preservando sua dignidade e bem-estar.
Conclusão
A sindicância, embora seja um processo administrativo importante para apurar comportamentos inadequados em diversas instituições, pode ser um momento muito difícil para a vítima, principalmente em casos sensíveis como assédio.
A presença de um advogado especializado é fundamental para garantir que a vítima tenha seus direitos protegidos, que o processo seja conduzido com transparência e respeito, e que, caso necessário, o caso seja judicializado.
Além disso, o apoio jurídico garante que a vítima não se sinta sozinha ou revitimizada, podendo lutar por justiça de forma digna e amparada.
Se você está passando por uma situação semelhante, busque orientação jurídica. O apoio de um advogado (a) pode fazer toda a diferença na busca pela reparação de danos e na proteção dos seus direitos.
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